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O jornal italiano denuncia o desvio dos "milhões de euros da ajuda humanitária para os campos

Diante da onda das condenações, persistente sobre o desvio pela polisário e Argélia da ajuda humanitária, dirigida aos habitantes dos campos de Tindouf, a revista (Insid Over) abordou este assunto com detalhes, lamentando as "milhões de euros desperdiçados ".

No seu artigo publicado, recentemente por esta revista especializada em questões internacionais, afiliada ao grupo de mídia (El Giornale), o jornalista Mauro Indelicato fez uma introdução histórica sobre o surgimento da Frente Polisário, " nascida na Argélia, financiada pelo próprio governo argelino, permitindo o seu movimento a partir de suas terras de Tindouf".

O autor do artigo trata, como o exército argelino se envolveu neste conflito regional e como obrigou as pessoas a se mudarem para os campos de Tindouf, lembrando que esta entidade fictícia, criada pela Argélia não tem nenhum reconhecimento internacional.

O artigo tratou também da cumplicidade flagrante da Polisário com os movimentos terroristas, anotando que  foi em Tindouf, o Adnan Abu Walid al-Sahrawi, um dos membros fundadores do grupo "Estado Islâmico no Grande Saara", nasceu e cresceu, pertencente à organização terrorista ISIS,.

Neste contexto, o jornalista italiano referiu aos esforços da comunidade internacional no sentido de encontrar uma solução política para este conflito regional, destacando a prioridade dada à proposta de autonomia marroquina, apresentada às Nações Unidas, 2007, considerada pela organização como proposta "séria e credível, capaz de levar a uma solução realista e aplicável".

O autor do artigo acrescentou que a região de Tindouf continua abrigando, acampamentos onde os moradores", privados de tudo", são detidos e neste contexto "precisamente, esta importante questão política preocupa a Itália".

O editor, Mauro Indelicato destacou que a Itália é entre os países que concedem a ajuda financeira aos residentes dos campos, precisando que no dia 5 de fevereiro, “nosso país forneceu generosamente meio milhão de euros no quadro  do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, envolvendo alguns projetos planejados em benefício dos campos da região de Tindouf”.

Revelando também que a Itália, conforme afirmado no site do Programa Mundial de Alimentos, é “um parceiro importante deste programa na Argélia, concedendo um total de cerca de US $ 2,5 milhões nos últimos cinco anos”.

Tratando neste caso, segundo o jornalista italiano, de "importanes somas de dinheiro, cujo destino envolto muitas ambigüidades, já que estas ajudas financeiras não são geridas de forma transparente".

O Sr Mauro Indelikato, a este respeito, referiu-se ao governo argelino que impôs um imposto de 5 por cento sobre os fundos europeus destinados aos campos de Tindouf, considerando essas quantias retidas, "vão diretamente para a autoridade fiscal argelina e não beneficiam os grupos-dos habirantes, detidos nos campos de Tindouf."

Nesse contexto, o jornalista tem interrogado sobre o destino dos 2,5 milhões de dólares que a Itália concedeu nos últimos cinco anos em benefício aos povos do campo de Tindouf.

O jornalista anotou ainda que o desconhecimento do número real de beneficiários da ajuda humanitária europeia constitui uma outra preocupação para o Parlamento Europeu, lembrando que muitos deputados levantaram a questão do censo da população do campo de Tindouf, que a Argélia se recusa a realizar.

O  Sr Mauro Indelicato concluiu sobre o relatório do Gabinete Europeu de Luta Antifraude, destacando que se uma parte deste dinheiro foi utilizado para a compra de armas, o mistério que permanece é sobre o destino das avultadas somas de dinheiro, concedido pela União Europeia e pela Itália no âmbito desta ajuda humanitária.

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