A mensagem do embaixador marroquino vem após a correspondência dirigida do embaixador, representante permanente da África do Sul, 29 de dezembro de 2020, ao Secretário-Geral das Nações Unidas, transmitindo o que se chama de "as decisões da décima quarta sessão especial da Cúpula da União Africana, sobre o tema o silenciamento das armas, incluindo uma decisão sobre a questão do Saara ocidental".
No plano explicativa, o diplomata marroquino destacou que a decisão e a declaração da Décima Quarta Cimeira Extraordinária da União Africana sobre o “Silenciamento das Armas” consta de 57 parágrafos, mas a questão do Sara marroquino foi abordada apenas num parágrafo, acrescentando que a linguagem do parágrafo sobre a questão do Saara marroquino é de carácter Ilustrativo e não prático de forma alguma.
No nível substantivo, o Embaixador Hilal explicou que a África do Sul intencionalmente ignorou as ameaças e conflitos que impedem o desenvolvimento no continente africano, políticas ousadas e progresso econômico estrutural, a titulo do Livre comércio Continental, objetos discutidos durante a cúpula extraordinária constados na decisão e comunicado.
O embaixador marroquino afirmou que o objetivo não declarado da África do Sul é de chamar a atenção do secretário-geral e do Conselho de Segurança sobre um so dos 40 temas discutidos nesta cúpula, em detrimento das grandes preocupações, expectativas e esperanças do continente.
Indicando ainda que a Resolução 693, aprovada pela Cimeira Africana de Nouakchott (1-2 de julho de 2018), reconhece claramente que a questão do Saara marroquino é da responsabilidade exclusiva das Nações Unidas, destacando que esta resolução institui o mecanismo da troika da UA, cujo papel se limita a "prestar apoio Eficaz dos esforços liderados pelas Nações Unidas. "
O diplomata marroquino lamentou profundamente que a África do Sul, que detém a presidência da União Africana e do Conselho de Segurança, no momento de enviar sua mensagem, tenha se afastado da imparcialidade imposta por seus deveres, distribuindo a questão do Saara marroquino e o sacrificio dos desafios comuns da África.
O embaixador também lamentou a utilização da África do Sul da União Africana como instrumento, visando a distorção das suas decisões e declarações, servindo a sua agenda ideológica e política, de forma flagrante contra os factos históricos, políticos e jurídicos do Saara marroquino.
Acrescentando que a esmagadora maioria dos Estados membros da União Africana não participa de forma alguma com a África do Sul na sua posição sobre a questão do Saara marroquino, totalmente contrário às sucessivas resoluções do Conselho de Segurança.
Hilal reafirmou a adesão de Marrocos ao processo exclusivo das Nações Unidas, visando a alcançar uma solução política, realista, pragmática, duradoura e consistente para a questão do Saara marroquino, em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança, consagrando a alteza, a seriedade e a credibilidade da iniciativa marroquina de autonomia.
O diplomata marroquino concluiu ao dizer que esta iniciativa vai continuar a ser a única solução para este conflito regional, no quadro da soberania e integridade territorial do Reino de Marrocos.
A mensagem marroquina foi publicada como documento oficial do Conselho de Segurança e consta nos arquivos das Nações Unidas.
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